MODO DE PRODUÇÃO
No bordado de Castelo Branco verifica-se sempre a existência de um desenho subjacente. Nas colchas históricas, esse desenho foi feito por debuxadores, à pena e com tinta ferrogálica. Mais tarde, a partir de finais de século XIX e século XX, os desenhos, existentes em papel vegetal, foram (e são ainda) passados a papel químico. Mais do que defender um específico processo da passagem do desenho para o tecido há que insistir na qualidade do desenho, condição necessária à boa execução do bordado, pelo que, desde já se sublinha a urgente necessidade de se capacitarem as bordadeiras com desenhos de maior qualidade.
Bastidor

O Bordado de Castelo Branco utiliza um bastidor horizontal (retangular ou quadrangular), de pé, estrutura composta por duas ripas de madeira perfuradas que encaixam noutras duas, nas quais se vai enrolar o tecido de linho. Estas ripas encaixam em dois pés que dão altura ao bastidor e o estabilizam. Na parte de cima dos dois pés existem cavilhas que permitem mudar a posição do trabalho. Deve prestar-se especial atenção à montagem da tela de tecido no bastidor que deve ficar alinhada e bem esticada para que o desenho não fique distorcido.
Tear de Franjas (manual ou mecânico)

Com exceção das Colchas, o remate das peças com franja não é obrigatório, mas, quando existe, a franja pode ser feita, quer num tear manual, quer num tear mecânico. De estrutura muito simples, o tear de franjas (manual) é composto por uma caixa com aproximadamente 10x30cm onde, no topo, se encaixa uma tábua com cerca de 28cm de altura, com orifícios equidistantes a meio e, entre cada orifício, duas ranhuras. No outro extremo da caixa existe um pequeno órgão com manivela e um orifício que serve para introduzir a cavilha e trancar o mesmo.
O tear de franjas mecânico pode também ser usado e em nada compromete a qualidade e o resultado final da franja.
Utensílios

Os utensílios usados no bordado de Castelo Branco são a agulha, o dedal e a tesoura.